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quinta-feira, 13 de março de 2014


O objetivo que norteou os antigos doadores para a constituição do patrimônio foi a visão para manter unida a comunidade judaica, o que vem tendo grande modificação onde poucas instituições atendem aquela finalidade, diante da diminuição de frequentadores.
Os nossos clubes só conseguem sobreviver, porque funcionam como verdadeiros " shoppings ", diante da terceirização das mais diversas atividades, possibilitando a arrecadação para cobrir os custos da manutenção da sede. 
A Hebraica de Niterói é um exemplo da diminuição da comunidade e entendo que o valor da venda daquele patrimônio deve merecer estudos da liderança judaica local, para ser aplicado num único Centro, abrigando sinagoga, escola, clube e tudo mais para o bem estar da comunidade, nos moldes existentes em Curitiba e na cidade do México. Este é o caminho e não a divisão do valor entre os poucos sócios proprietários, que jamais fizeram por merecer este patrimônio que é da comunidade.
Do que vem acontecendo, destaco o aspecto negativo da venda e a pretensa destinação do valor, finalmente o grande alerta positivo é o despertar da comunidade sobre a necessidade imperiosa de se desenvolver o projeto de uma reengenharia do patrimônio da comunidade.
Roberto Saulo Stryjer, pres. do Clube Adolpho Bloch   

Não sou jurista mas tenho a impressão de que a forma como foi feita a tal Assembléia e a decisão da mesma possivelmente poderá ser embargada por algum dos presentes a Assembléia que não estejam de acordo com o resultado ou ainda algum outro associado que tenha o título de Sócio Proprietário que tenha sido preterido em função da falta de pagamento das taxas de manutenção. Acredito que se a FIERJ resolver agir com brevidade intercedendo no que lhe for possível contactando alguns associados da Hebraica Niterói e alguns advogados de nossa comunidade, tão rica em juristas brilhantes, para ajudá-la possivelmente teremos sucesso no desfecho de um fato que poderá vir a ser um exemplo nefasto para o futuro de outras entidades.
Altamiro Moyses Zimerfogel, pres. Clube Israelita Brasileiro (CIB)


A Hebraica de Niterói em Icaraí foi muito representativa e hoje, dada a diminuição da comunidade local, teve grande queda de frequência ao clube, o que levou os sócios restantes à venda do imóvel. Entendo que esta decisão pode até ser legal, mas a idéia de dividir o valor entre os sócios considero imoral, em termos da ética judaica.
Até admito que parte deste valor possa ficar com os sócios proprietários, mas o restante deve reverter, até por indicação dos próprios sócios, para outra instituição judaica que necessite de ajuda financeira.
Luiz Mairovitch, pres. Hebraica Rio


Infelizmente, estamos assistindo de camarote ao fim do senso comunitário.
Quem se importa ?
Não nos cabe aqui discutir as mazelas do fechamento nem a soberania da Hebraica de Niterói.
Quem se importou ?
Agora, tardiamente, temos que lutar contra o imoral, contra o amoral.
Quem se importará ? 
Tudo que aprendi, tudo que pratico e tudo que procuro passar para as futuras gerações é a importância do senso comunitário.
Puro instinto de preservação e segurança.
Se não, pra que clube, escola, organizações femininas e de ajuda aos necessitados ?
Fechemos, pois, todas. Sejamos uma comunidade ainda mais rica individualmente.
Dinheiro comunitário é dinheiro sagrado e nem tentem me convencer que o local é privado, fechado, lacrado e inviolável.
O local teve um destino e um propósito. Se não serve, mais vamos montar um novo espaço com novo destino e propósito.
Para a comunidade, pela comunidade e para o engrandecimento da memória de seus fundadores.
Agora, pra aqueles que acham que não tenho nada com isso, que não sou de Niterói e não deveria me meter no assunto dos outros, aviso que fui convocado a opinar pelo amigo Jakob Zajdhaft, a quem parabenizo pelo trabalho e dedicação em todas as suas empreitadas, e humildemente peço o meu boné, coloco o meu nariz de palhaço e somente não envergonho-me dos últimos mais de 10 anos de minha vida que não fiz outra coisa a não ser lutar por essa comunidade e especialmente pelo clube do meu coração. 
Luiz André Steinberg, pres. Monte Sinai


A situação existente na Hebraica de Niterói exige de todos nós uma atenção e uma atitude especiais. O esforço de nossos antepassados não pode ser reduzido a uma questão meramente patrimonial. O futuro da nossa comunidade passa pela reengenharia institucional. Todos nós devemos honrar a memória daqueles que criaram todas as nossas casas e devemos mantê-las dentro desta mesma comunidade, para garantia da vida judaica.
Gerson Hochman, virtual candidato pres. FIERJ


A respeito da possível venda do imóvel da Hebraica Niterói tenho opinião genérica e sucinta, que coincide com a do Henry Chmelnitsky, outro Diretor da CONIB:
As instituições comunitárias, várias delas, não todas, detém ativos de alto valor imobiliário e mantém seus ambientes decadentes e vazios de presença judaica. Estas mesmas Instituições  não têm recursos para sua manutenção ordinária, logo não investem em programação e seus projetos não entusiasmam possíveis doadores. O caso da Hebraica Niterói, não entrando em suas minúcias, pois não as tenho, deveria servir de reflexão o quanto uma reengenharia comunitária é necessária nos dias de hoje. Estes ativos, muitos obsoletos e deteriorados acrescido da oportunidade de otimizar espaço e ocupação deveriam após sua venda gerar um Fundo Comunitário, administrado por um Conselho Técnico e profissional que pensaria a comunidade nos próximos vinte anos. Despeço-me parabenizando-o pelo furo jornalístico, quer da notícia da venda do terreno da hebraica Niterói, quer da entrevista com sua presidente.
Paulo Maltz, virtual candidato pres. FIERJ


O domínio do mundo material, ao qual estamos submetidos, não pode sobressair sobre nossos valores judaicos. É uma obrigação proteger da mesma forma os seus bens de toda perda, estrago e dano.
Quando se constrói uma grande obra como um clube judaico, que guarda nossas memórias, nosso modo de vida e nossa maneira de entender o mundo, torna-se imprescindível,  caso não seja possível seu sustento,  transformar o valor para o bem da comunidade.
Querer beneficiar poucos sócios , que já usufruíram nos tempos áureos do clube, é negar todos os ensinamentos que a Torá, dentro das praticas de vida impõe ao povo judeu.

Elenise Benjó


Sou contra a venda, não só porque o clube não está deficitário, possuindo meios de sobreviver através do aluguel de suas dependências, mas principalmente por constituir patrimônio da comunidade, criado e desenvolvido pelo esforço de inúmeros outros sócios, já falecidos ou que não foram devidamente convocados para a assembléia. Além disso, a praxe em todas as instituições judaicas do Estado do Rio de Janeiro,é a de que, em caso de sua dissolução, seu patrimônio deverá reverter para a Federação Israelita, a fim de lhe dar a melhor destinação, ou, ao menos, para outra entidade similar, não sendo vendido e apropriado por um pequeno e circunstancial grupo de sócios.
Jacksohn Grossman


A minha opinião passa longe da apreciação da legalidade – discutível, aliás- da decisão tomada em assembléia. Como a sua publicação não é foro para discussões jurídicas, prefiro deixar de comentar este aspecto. Defino a atitude  da diretoria  ou da presidência da Hebraica de Niterói com uma só palavra : escândalo. Li atentamente as razões da Presidência que de forma alguma convencem . Foi um manifesto arrogante , desrespeitoso com a comunidade como um todo e fundamentado em decisão já tomada, revelada às vésperas do carnaval.
A questão é de ordem moral  e comunitária e o que se nota que um patrimônio adquirido pelos pioneiros imigrantes em favor da comunidade só poderia ser alienado com reversão deste – ou do que sobrasse, caso existissem dívidas, o que , aliás, não está claro-  à própria comunidade, fosse de Niterói, fosse para a Chevra Kadisha.  Esta a questão moral.
Em relação às dificuldades dão clube- não distintas das demais entidades da comunidade- acredito que poderia ser sanadas mediante campanhas  ou apelos comunitários. Alias, ainda é tempo, não ?: Porque não se lançar uma campanha de emergência ? Ora, porque não querem, porque a venda já está sendo costurada há tempos em favor de 59 “ sócios” .
Indago  e a comunidade  deve fazer o mesmo :
1. Quanto custa um título de sócio da Hebraica de Niterói ?
2. Há quanto tempo não são vendidos títulos ?
3. Desde quando deixaram de ser disponibilizados ?
4. Foi feita alguma campanha de aumento de mensalidades ou de solicitações de contribuições extraordinárias a estes “ sócios” no lucro especulativos ?
5. Qual o valor de venda deste terreno e qual o valor que geraria em vgv- valor geral de vendas- através de incorporação imobiliária?
6. Porque não se votou a modalidade de alienação por permuta, com  valorização  do patrimônio COMUNITÁRIO ?
Portanto, prezado Jakob, esta é a minha opinião : escandalosa a solução, desrespeitosa à história dos doadores originais  e à comunidade como um todo. É hora de reagir política e comunitariamente.
Fico feliz em verificar que já se levantam vozes, antes tímidas, contra este desserviço imoral à causa judaica.
Carlos Roberto Schlesinger


Concordo inteiramente com Sérgio Niskier, o Niskinha, no comentário que fez aqui sobre a absurda decisão de venda, por tão poucas pessoas, apenas em seu próprio benefício, desse importante patrimônio da comunidade judaica do nosso Estado, que muito mais que qualquer valor econômico-financeiro, representa inestimável valor judaico. Para a existência da Hebraica - Niterói e de seu patrimônio, tantos abnegados ativistas inverteram muito trabalho, cultura e tradição judaicas e, como sempre, bastante dinheiro suado. Outros tantos ainda colaboraram na sua manutenção, durante tantas décadas. Tudo para, hoje, tão poucos pretenderem apenas usufruir financeiramente disso, transformando uma instituição judaica em um rendoso negócio imobiliário, para si mesmos, não mais de setenta pessoas, mesmo assim com uma minoria de votantes, com toda razão, a discordar disso. Aliás, essa decisão foi tomada por maioria, não tendo, contudo, sido informado quantos foram a favor e quantos contra. O grupo de fundadores não pode se arvorar em proprietários, pois a instituição foi mantida por outros muitos sócios que foram deixados de fora. As instituições da comunidade não pertencem a particulares que não podem se locupletar do bem comum.
Ester Kosovski


Sou sócio fundador da ASA, nº 007, desde 1965 não devo nenhuma mensalidade, e no caso se num dia a ASA tiver que encerrar suas atividades e eu estiver vivo, sem dúvida nenhuma seu patrimônio deve reverter para a comunidade.
O patrimônio dos clubes judaicos, foi realizado por sócios proprietários, sócios contribuintes, arrecadações de eventos.
Se os atuais proprietários querem receber algum valor, que se calcule o valor inicial com que contribuíram e se corrija monetariamente.

No entanto não se trata de um negócio e sim das escolas judaicas, que devido a novas leis foram obrigadas a cortar bolsas de crianças judias.

Fraim Hechtman


Achar dinheiro na rua acontece e podemos com ele ficar se impossível identificar seu verdadeiro dono.
Mas o que está acontecendo com a Hebraica de Niterói? Alguns lá descobriram um pote de ouro. Fingem que não sabem que pertence à coletividade. Erros sempre podem ser corrigidos.
Lamentável é acreditar que quando muitos erram ninguém está errado
.


Moysés Bines 


Se é realmente necessário vender o que foi e é uma entidade comunitária penso que o certo é destinar o valor à outra ou outras entidades comunitárias; o associado pagador tem como lucro o usufruir o que a entidade oferece; isso não o torna dono para sempre; e os antigos sócios mantenedores? e quem construiu a sede? e os doadores? enfim, todos que participaram da
entidade por todos os anos? há um passado para se chegar ao presente; é uma grande pena acabar-se com uma entidade comunitária mas levando em conta a necessidade - e acredito nela - acho que de entidade para comunidade é o certo.

Rosete Roizenblit Rubin


Na verdade não é uma situação fácil de se resolver. A postura da FIERJ de não interferir em assuntos internos de cada entidade federada é, até certo ponto, correta. Mas quando se trata de "dilapidar" o patrimônio da comunidade, transferindo-o para objetivos particulares fora da comunidade, deixa de ser um assunto interno e torna-se público. Entendo que a postura do Sérgio Niskier também é correta, e tudo deveríamos fazer para evitar a perda do patrimônio comunitário. O "Niskinha" foi corajoso em admitir que deveria ter se empenhado mais na solução desses problemas, que já deslumbrávamos há muito tempo atrás. Atitudes mais corajosas foram tomadas em S.Paulo, e lá se consegue, muito mais do que aqui no Rio. Fundir escolas da comunidade tem sido uma solução. Mas fundir clubes, lares de idosos, entidades assistenciais, a coisa é mais complicada. Sobre lares de idosos então, a legislação tem sido cada dia mais exigente: ANVISA, Ministério Público do Idoso, as próprias famílias desses.
Marcos Belassiano


Quando cheguei ao Brasil havia uma grande comunidade de judeus em Nilópolis. Existe alguma lembrança daquela época? Niterói também teve uma grande e importante colonia judaica. Acho que devemos deixar alguma lembrança para o futuro. Nada de espetacular.
A Herança Judaica não consiste em prédios e objetos palpáveis mas espirituais. Assim conseguimos sobreviver por milênios. 
Dow Friedman 

Na minha opinião o montante obtido com a venda da sede, deveria ser rateado pelos sócios proprietários.
Samuel Mossé


Apesar de não existir qualquer interesse pessoal no assunto, pois não sou sócio da Hebraica-Niterói, apenas como uma simples opinião conforme solicitado acho que os sócios devam receber seu quinhão por talvez apenas duas razões, a saber:
1.Os títulos foram comprados e mantidas suas obrigações estatutárias quanto ao pagamento das mensalidades, não foram doados, o que ainda pode ser se assim o decidirem, mas me parece que não é esse o caso,
2.Quanto a ser considerado da comunidade, infelizmente o mesmo não é prestigiado pela própria comunidade, pois como está dito, existem apenas 49 sócios.
Esta é minha simples e humilde opinião.
Moyses Bronstein


Com relação ao assunto em referencia,estou estarrecido.
É muito triste ver se diluir um patrimônio construído com sacrifício e abnegação dos nossos ancestrais.
E creia meu caro Jakob que não se trata de dinheiro não. Os membros mais prósperos da nossa comunidade estão abandonando as nossas instituições,no que tange a Clubes sociais,para se tornarem sócios de outros que lhes garantam "status " social em frequentá-los. Não tenha a menor dúvida do que está acontecendo neste momento com a Hebraica-Niterói,num futuro irá também acontecer com os Clubes Judaicos do Rio de Janeiro,que vivem as mesmas situações de descaso e abandono,sobrevivendo também com alugueis dos seus espaços a terceiros. Com relação ao posicionamento do Dr. Sergio Niskier,não concordo com o mesmo.Acho que se a sociedade for dissolvida, sem que haja uma solução conciliatória para evitar que isso aconteça,discordo que a propriedade pertença a Comunidade Judaica em geral,mais sim aos sócios que a ergueram e a mantiveram até o seu final,devendo neste caso ser cumprido na íntegra o que diz o Estatuto Social dela à respeito.
No mais, só temos a lamentar a perda.
Isac Gilban


É certo que a entidade Hebraica de Niterói, pertente a comunidade judaica do Rio de Janeiro como um todo. 
O fato de ter hoje somente 49 sócios proprietários não quer dizer que ao longo de sua existência, tenha tido somente o número acima referido, ou seja, para dividir o produto da venda pelos sócios, a necessidade de analisar o número de sócios que já pertenceram como tal a entidade. 
Por outro lado, existe uma praxe nas entidades judaicas de que quando o patrimônio de uma delas, for vendido devido ao encerramento de suas atividades, o produto da venda, será automaticamente revertido em benefícios de outra entidade co-irmã. Portanto não há que se falar em ratear o produto da venda entre os 49 sócios.
José Khalili


Um patrimônio construído e sustentado pela comunidade, deve permanecer na comunidade.
Acredito que essa era a intenção daqueles que fundaram  o clube e dos que o mantiveram por muitos anos com o seu sacrifício e com o imprescindível apoio que sempre tiveram.


Bernardo Furrer



Concordo plenamente com as colocações do Sr. Sérgio Niskier, não sempre o que é legal e legítimo. Os sócios e contribuintes remanentes da Hebraica de Niterói, deveriam dar um exemplo de solidariedade com a comunidade como um todo, e reverter o valor da venda do imóvel a favor de outras instituições para garantir a continuidade das próximas gerações. 

Jorge Spunberg (The Berdichev Revival)


Essa é, sem dúvida nenhuma, uma situação que está sendo posta na maior transparência que eu já vi dentro da nossa comunidade. Não sou sócio e nunca fui de lá. Temos o valor ofertado e o destino. Gostaria de saber, por exemplo, os valores e destinação das transações feitas com os colégio Sholem Aleichem e TTH , e também do inesquecível clube Macabeus na Tijuca. 
Isaac Guger


Sou medico em S.Paulo e ex-presidente da Federação Israelita de S.Paulo em três mandatos seguidos e por eleições. Gostaria de citar alguns episódios que ocorreram no ishuv paulista semelhante  ao que ocorre com a Hebraica de Niterói:
1. Escola Luiz Fleitich do Bairro do Braz  foi desapropriada pela  Companhia do Metro e a indenização recebida foi integralmente aplicada na Escola Bialik na realização de seu Departamento de Computação, inclusive com a compra de  maquinas em Hebraico. Os descendentes do patriarca   nunca levantaram  sequer a hipótese de receber o dinheiro da indenização. Foi colocada uma placa abusiva a doação.
2. A Escola Talmut Tora localizada no Bom Retiro também ficou sem alunos com um bom imóvel e em anexo uma sinagoga tradicional, Com tratativas o imóvel e a sinagoga foram transferidos para o Movimento Chabat que criou uma escola para meninas e manteve a sinagoga.
1. A Escola Theodor Herzl da Lapa , desapropriada   mesma situação teve seus alunos e recursos transferidos para  Colégio Renascença e Peretz
2.O antigo Moishe Zecanim( Lar dos Velhos) em dificuldades econômicas transferiu todo o seu patrimônio  e seus residentes para o Hospital Albert Einstein . Nunca nenhum conselheiro  levantou a possibilidade de vender o patrimônio acumulados por dezenas de anos para os remanescentes abnegados  voluntários que estavam trabalhando na ocasião  cumprindo uma mitsvá  judaica
3.O mesmo ocorreu em pequenos ichuvim com escolas e sinagogas como Santos, Santo Andre e Piracicaba.
Em todos esses episódios jamais ouvi alguém, sequer, levantar a hipótese de vender os patrimônios  e dividir entre os sócios ou pessoas remanescentes.
Concordo com a declaração do ex-presidente Sergio Niskier que o que é da comunidade judaica construído com a colaboração de varias gerações de judeus não pode ser transformado  em recursos e divididos pelos sócios remanescentes.
Nesse episodio devemos também colaborar com  a presidente Regina Broitmam Santos na solução desse caso.Lembre se presidente que essa solução  aventada pelo seu Conselho descaracteriza a mitzvá  que antigos colaboradores voluntários da Hebraica  que participaram com recursos e trabalhos  comunitários  já falecidos e que já foram julgados por D`us.
Pelo que li a Senhora convenceu seu marido a se converter ao judaísmo e acho que não gostaria de anular essa  boa ação com o Todo Poderoso.
Na mesma comunidade de S.Paulo temos dois casos que não foram resolvidos ate hoje: 
1. O Clube Macabi com uma tradicional  historia  que também se esvaziou de sócios e a destinação de seu campo esportivo e o prédio de sua sede  muito bem localizada e de grande valor comercial esta sendo conservada por aluguéis de estacionamento e centros de ginástica. Nunca nas diversas tratativas foi sequer aventada a hipótese de vender os imóveis e distribuir os recursos pelos sócios.
2. Outro caso não resolvido foi a Casa do Povo que foi a sede da Escola Scholein Aleichem no B. Retiro com tradicional participação na comunidade judaica local . O prédio remanescente inclusive com um teatro  esta completamente deteriorado e abandonado.
Nas tratativas de resolver o problema  nunca sequer  foi levantada a hipótese de se  vender o imóvel e distribuir os recursos entre os sócios remanescentes. 
Cara presidente  quis o destino que a Senhora estivesse na presidência nessa ocasião em que a comunidade de Niterói sofreu   essa transformação demográfica mas lembre-se que satisfazer uns poucos sócios renascentes  será julgado  no futuro pela comunidade judaica brasileira com muito pesar e horror pela solução apresentada.
O ex-presidente Sergio Niskier  apresentou serie de sugestões o que fazer com o dinheiro da venda do imóvel. Ouso acrescentar mais duas, sem vender o imóvel.
Escolha entre esses sócios renascentes um grupo que deveria constituir uma comissão de notáveis, que incluiria o  ex-presidente Niskier, acredito que o atual presidente da Federação de S.Paulo, o presidente  da Conib para estudarem outras formulas de destinação do imóvel, como por exemplo o Museu do Holocausto,  que já existe em Curitiba e agora terá um também em S.Paulo financiado pela família Safra . Um ishuv organizado e dinâmico como carioca merece um Museu que lembre a comunidade brasileira dos horrores do nazismo  e da intolerância  Outra destinação seria  constituir nesse imóvel um Centro de Estudos Judaicos associados  ao já existente ligados a Universidade ou ainda criar um centro  de atividade  e estudo  do Teatro e língua  Idish
Enfim, a Historia passada deve ser respeitada e  aproveitar essa oportunidade para ajudar o futuro da comunidade judaica do Brasil  seria uma coroação  das atividades anteriores da Hebraica de Niterói.
Jose Knoplich
 

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