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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Hebraica de Niterói à venda

A cinquentenária instituição judaica Sociedade Hebraica de Niterói e sua ampla sede com 2mil m2, prédio de dois pavimentos com salas, quadra de esportes, sauna, piscina e jardins, em privilegiada localização à rua Álvares de Azevedo, Icaraí, está com os dias contados de existência, dada a resolução aprovada em Assembéia Geral de sócios para a alienação do imóvel.

Palco outrora de grande afluência da comunidade judaica, com programações que reuniam jovens em intercâmbio com os clubes do Rio de Janeiro, hoje padece de frequência.
Em entrevista exclusiva, Regina Broitman dos Santos, há 7 anos na presidência, contristada, nos fala sobre o crítico momento, relata a decisão da Assembléia, inclusive sobre a destinação do valor, se efetivada a transação da venda.

Aí vai a entrevista.

Qual a situação do clube ?

- Não há mais jovens em Niterói, eles vão para o Rio de Janeiro, não tendo havido renovação  de lideranças. As faixas etárias 45/55 anos que deveriam assumir a Hebraica, não o fizeram e neste meio tempo e com as pessoas idosas, ficamos muito reduzidos de ativistas.

Quantos sócios possui o clube ?

- São 49 sócios proprietários e cerca de 20 sócios contribuintes.

E como o clube funciona ?

- O clube está totalmente terceirizado à Academia Master e ocupamos pequena sala para a adminstração. Nos fins de semana a sede é liberada para nossos sócios, quando programamos algumas atividades, inclusive comemoramos nas datas próprias as festas tradicionais judaicas.

Como vê a resolução da venda da sede ?

- Nascida em Niterói e marido convertido, estou muito sentida ao constatar a dissolução do clube, que foi criado com o objetivo de congraçar e comunidade judaica, principalmente os jovens locais, fortalecendo o sentimento judaico.



Neste longo percurso houve pedido de ajuda da FIERJ ?

- Sim, na gestão do presidente Sérgio Niskier, da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, quando houve a proposição da união com a ADAF ( Associação David Frischman de Cultura e Recreação) e o Centro Israelita de Niterói, mas que infelizmente não vingou pelo desentendimento em qual sede funcionaria a nova instituição.


Qual o valor considerado para a venda do imóvel ?

- O valor ainda depende de avaliação e aprovação final, mas já há o interesse de empresa de engenharia, inclusive de sócio, para a aquisição, oferecendo 45 milhões pelo imóvel.




E a destinação do valor, entendendo-se ser o imóvel patrimônio da comunidade judaica?

- A idéia inicial corrente, quando efetivada a venda, é que cada sócio proprietário tenha o seu quinhão na divisão do valor.











Regina Broitman dos Santos, junto à Menorah, símbolo de um judaísmo que ainda florescia no clube na década 1970




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2 comentários:

  1. Infelizmente, há tempos que nos clubes da nossa comunidade caiu a frequência, tanto de proprietários como de associados pagantes, Não só de Niterói, do Rio de Janeiro também. Bem, que tudo seja resolvido da melhor maneira possivel.
    Eliana Ellinger (Israel)

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  2. Querido amigo Jacob Zajdhaft, quero parabenizá-lo pelo novo Blog Jz-conversando, onde as matérias alí publicadas são de imenso valor à coletividade Judaica. Receba o meu afetuoso abraço desejando-lhe sucesso na nova empreitada. Qto. a venda da Hebraica de Niterói, causa-me muita tristeza ao ver todos os clubes da nossa coletividade desintegrando-se, por falta de associados, e principalmente dos jovens, ficando a mercê de locações de espaços pela iniciativa privada, para as suas manutenções, e uma ou outra atividade social para justificar as suas permanências. Faço votos de que essas situações sejam revertidas, o que acho bastante difícil, e que possam ser resolvidos os problemas da melhor maneira possível.
    Abração.
    Moisés Ninio.

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